segunda-feira, 28 de novembro de 2011

TRATADO SOBRE A HISTÓRIA DA INOVAÇÃO – PARTE III

Antes de qualquer coisa, leia as partes I e II aqui e aqui.

Planeta Terra. Ano 1.000.000 a/c.  No cenário atual a paisagem encontra-se habitada por homens-macacos, que não agüentam mais viver só de banana, como seus avós, e passam o dia de galho em galho, atrás de uma ocupação e, principalmente, de comida, que nessa época não é nada farta. Ou seja, estão sempre na larica. Em virtude disso há muitas brigas por territórios, carcaças de animais mortos e fêmeas.  Pra se ter uma idéia do perrengue, a única diversão das crianças é brincar de planeta dos macacos. E ninguém quer ser o Charlton Heston. Aliás, chamar de homem-macaco é até certo exagero, pois o estágio evolutivo que se encontram é tão mais atrasado que o nosso que, a única coisa que tem a ver com os humanos atuais é a predisposição à violência gratuita e pornografia na internet.  Sua aparência ainda é quase que a de um macaco comum.

Exemplar de homem-macaco

A única lei existente é a do mais forte. O mais alto bate no mais baixo. O mais forte bate no mais fraco. E a mulherada, desde essa época, só briga puxando o cabelo.
Até que um belo dia (sempre tem um belo dia), um macacão não tão forte nem tão responsável, mas com grande instinto de preservação, ao invés de procurar uma ocupação, ficara roendo os ossos que sobraram do almoço da tribo. Que na verdade, ele deveria apenas guardar, pois seria o jantar do grupo. Quando líder percebeu que a comida (se é que podemos chamá-la assim) estava toda babada resolveu castigar o vagabundo. Mas este deu-lhe com um osso afiado na cabeça.
Pela primeira vez na história da história um animal usava um utensílio como arma. Com esta inovação, o homem-macaco conseguiu duas coisas importantíssimas: transpôs a linha tênue que separava o macaco do homem. O irracional do racional. O instinto do pensamento. A lei do mais forte da guerra preventiva.  E conseguiu um papel num filme do Stanley Kubrick. 


A inovação

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